quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Chapada dos Veadeiros - Berço das águas

Olá Galera,
O vídeo a seguir é uma prévia do que vão poder acompanhar desta super aventura na Chapada dos Veadeiros, assista e em seguida acompanhe a viagem.

Saímos de Curitiba em um voo direto até Brasília. Logo na chegada em Brasília aproveitamos para dar uma passada no centro, para contemplar algumas das grandes construções da cidade. A primeira delas foi a Catedral, quando chegamos lá o bacana que estava vendo um bike tour e uma galera tirando foto na frente da igreja.


Logo na sequência passamos pelo Palácio do Planalto. Estava uma noite muito linda e clara, as fotos mesmo no celular ficará muito bacanas. Brasília realmente é uma cidade muito bem planejada, vale a pena conhecer a capital do Brasil!
Deu tempo para passar ainda no Palácio da Alvorada.
Antes de partir para Sobradinho, onde passaríamos a noite, paramos para comer em um restaurante na Asa norte.
Depois de comer um risoto com frango, seguimos em direção a cidade de sobradinho, onde nos hospedamos na Pousada Alfama (diária R$ 135,00).
  • Dia 01 - Fazenda São Bento
Saímos da Pousada por volta das 8:30, pois nossa viagem duraria aproximadamente 3 horas até Alto Paraíso. Chegando lá seguimos para o Posto Vale da Lua para fazer um lanche, comprar água e nos dirigir a Fazenda São Bento. Pagamos R$ 30,00 para ir às cachoeiras Almecegas I e II. Para chegar na Almecegas I é preciso fazer uma caminhada de mais ou menos 1,5 Km. A cachoeira é linda e se complementa com as piscinas da parte de cima e o fosso da parte de baixo.
Lá decidimos descer a cachoeira de Rapel na cachoeira. Muito fera! Pagamos R$ 90,00 e nos divertimos muito. O pessoal que faz o rapel é da empresa Travessia Ecoturismo, o Ion, Marcelo, Julio e toda equipe são muito bons e a descida apesar de emocionante é muito segura.
Depois de algumas fotos e recuperar das fortes emoções seguimos para a Almecegas II, vale a pena conhecer pois é de fácil acesso e tem uma vista muito bacana da chapada.
Na sequência seguimos para a cachoeira São Bento. Lá aproveitei para ficar sentado de baixo da cachoeira, sempre muito bom lavar a alma.
Depois desse super dia de caminhadas, rapel e banhos de cachoeiras, fomos comer no Restaurante do Waldomiro, lá pedimos o Matula, um prato típico da região. Consiste em virado de feijão com carne e linguiça, servido na folha de bananeira, acompanha mandioca frita, carne, paçoca, arroz, abóbora e tomate. O prato feito custa R$ 20,00 e o comercial a vontade R$ 30,00. Como estávamos com muita fome fomos no comercial.
Não deixe de passar no restaurante, muito bom!
Depois de tanta comida era hora de montar barraca, pois nas duas primeiras noites Ficamos no Camping dos Sonhos, para montar a nossa barraca, na verdade supre agradecemos o empréstimo da barraca do Fábio. Ficamos dois dias acampados lá e os outros em uma pousada, como poderão acompanhar a seguir.
À noite fomos ao Restaurante Luar com Pimenta, uma pizzaria com música ao vivo. Um lugar super bacana e agitado, bem legal.

  • Dia 02 - Vale da Lua e Cachoeira Couros.
No dia seguinte tomamos café da manhã na Tapioca do Cerrado, ao lado do camping e seguimos para o Vale da Lua. A formação chama atenção por parecer a superfície da Lua e possui água por de baixo das rocha. Um lugar bem bacana é que é de fácil acesso, pois, a trilha até lá é rápida e tranquila.
Como estávamos acompanhando a Amábile e os amigos dela resolvemos seguir para a Cachoeira dos Couros.
Para chegar à cachoeira se prepare para dirigir bastante, principalmente em estrada de chão. Foram 20 km de asfalto e mais 30 de estrada de chão. Chegando no local da primeira cachoeira é preciso andar mais 30 minutos por um caminho cheio de surpresas impressionantes.
Até que chegamos a uma das cachoeiras mais bonitas que já vi na vida.
Uma coisa que chamou a atenção foi o pessoal que acampa nas pedras que ficam quase dentro do rio.
Ao chegar à queda principal, ficamos impressionados, principalmente pelo porte da queda-d'água . Simplesmente impressionante!!!
Imagem alguma pode expressar a energia deste lugar. Ficamos ali por mais ou menos 2 horas, nadamos, entramos de baixo da queda-d'água, nos divertimos um monte.
Levamos muita sorte de vir com o pessoal, pois, nosso guia (Julio), nos indicou um lugar único, quase que exclusivo. Por coincidência, ele era uma das pessoas responsável pelo rapel do dia anterior.
Conversando com o rapaz que mora na chapada, chegamos à conclusão que é um local de renovação. Existem períodos de cheia, queimada, calor e etc. Até que a vida se refaz. Um excêntrico momento e lugar para repensar a correria do dia a dia.
Quando achamos que já havíamos visto tudo, seguimos até o final da queda, onde inicia um Cânion. Posso dizer que é um dos lugares mais lindos que já vi na minha vida.
Saímos de lá quase no pôr do sol. Voltamos com um sorriso brilhante de satisfação.
Agradecemos muito ao pessoal que nos acompanhou neste dia, Rafaela, Amábile, Raoni, Tetê, Marisa, Alice, Bárbara, Julio e Andre.
Um agradecimento especial à Linda Paty. Chegando em Alto Paraíso, fomos comer no restaurante Lá Vita é Bella, uma cantina italiana. Pedi um risoto, mas, antes pedimos uma brusqueta que estava uma delícia. Entretanto, acredito que o restaurante não tinha estrutura para receber tanta gente, o que acabou por não conseguirem nos atender tão bem.
  • Dia 03 - Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros 
Acordamos por volta das 7:30, e para tomar um café reforçado, seguimos para tapiocaria que fica ao lado do camping. Podemos dizer que os dois dias que comemos lá no café da manhã, ficamos sem fome por um bom tempo. Depois de bem alimentados seguimos para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Lá existe três opções de trilhas, as dos Cânions e Carioquinha, a do Salto e outra que é apenas para quem fica mais de um dia caminhando. Optamos pela tilha dos cânions e começamos pelo Carioquinha, uma trilha de aproximadamente 5 km.
Coloquei o mapa para que possam ter uma ideia da diferença dos trajetos.
Como havíamos combinado com a Amábile e com o pessoal, seguimos em uma passada rápida, realizando o trajeto em aproximadamente 50 min, entretanto a média é de uma hora e alguns minutos.
Chegamos a cachoeira Carioquinha e nos deparamos com uma super queda-d'água. Ficamos por lá mais ou menos 2 horas, pois é um lugar para se explorar e aproveitar.
O lugar é perfeito para descansar depois de uma trilha de 5 km. Chato que sempre pode melhorar, então, seguimos para o Cânion 2. Para chegar até ele é preciso seguir mais 1,5 km. Próximo ao cânion o barulho da água chama atenção. E surge um mirante para se ter ideia do que está por vir.
No início aproveitamos o local para descansar, mas, ao nadar por entre as rochas do cânion, vimos possibilidades de escalar as pedras e saltar lá de cima, uma aventura inesquecível para quem gosta, a Paty aproveitou bastante.
Acredito que o lugar toma vida quando é possível se apropriar dele, vivê-lo!
Aquele momento foi singular pois foi nossa despedida da galera.
Muito obrigado a todos pelos momentos de descontração e alegria compartilhados. (Rafaela, Amábile, Raoni, Tetê, Marisa, Alice e Bárbara).
Agora será eu e a minha super companheira, por isso, eu e a Paty seguimos a busca do cânion 1, entretanto, acabamos por pegar o caminho da saída sem querer.
No fim da tarde fomos ao camping desmontar a barraca e dar entrada na Pousada Trilha Violeta.
Super indicamos a pousada, além de ter boa estrutura é um excelente café da manhã, o preço é atraente. Pagamos R$ 135,00 a diária para o casal.
Como já era por volta das 16:30, seguimos para o Restaurante Buriti, que fica exatamente ao lado da pousada, para comer um prato misto de carne e frango, que custou R$ 45,00 para duas pessoas e foi perfeito para matar a fome e sentir o gosto de uma comidinha deliciosa.
Descansamos um pouco e fomos ao Restaurante Santo Cerrado, um lugar lindo, com vários espaços, entre eles, a fogueira, mesas baixas com almofadas e mesas convencionais.
Não estávamos com fome, por isso, pedimos uma calabresas com cebola e duas cervejas artesanais, que são fabricadas em Cavalcante, cidade que visitamos no dia seguinte.
  • Dia 04 - Santa Bárbara e Capivara
Acordamos mais cedo pois teríamos um trajeto de aproximadamente 136 km até Cavalcante e mais 30 de estrada de chão até o Quilombo Kalunga. A estrada de São Jorge até Terezina do Goiás é muito boa, ela fica um pouquinho esburacada até Cavalcante. Cavalcante é a maior cidade da região, chega a ser um pouco maior que Alto Paraíso.
A partir de Cavalcante quem estiver de carro pequeno vai precisar de perícia no volante, pois o trajeto inclui a travessia de 3 córregos e alguns trechos complicados.
Um pouco antes de chegar ao Quilombo passamos por um mirante que proporciona um vista impressionante.
Lembrar nesse momento que os guias de Cavalcante cobram R$ 80,00 e os do Quilombo cobram R$ 70,00, além disso, achamos que é melhor ajudar o pessoal do Quilombo. Por isso, contratamos o guia Didi do Quilombo. O interessante que ele é guia apenas aos finais de semana, pois trabalha na roça. Ele contou que tudo que é consumido na comunidade é produzido por eles.
Do vilarejo até a Cachoeira Santa Bárbara, são mais uns 2 km de carro e 1 km caminhando, passado primeiro pela Pequena Santa Bárbara.

Já estamos muito contente com o que havíamos visto e resolvemos entrar para um mergulho e algumas fotos.
Mais alguns metros e estávamos na tão esperada Cachoeira Santa Bárbara.
Ela é simplesmente maravilhosa. É uma queda-d'água de aproximadamente 25 m e com uma água azul. O didi comentou que a alguns anos atrás ela era ainda mais azul, entretanto continua impressionante.
Simplesmente maravilhoso. Ficamos nos divertindo por quase duas horas. Interessante saber que em feriados a permanência máxima no local é de uma hora.
Retornamos até o Quilombo para nossa próxima aventura, mais 600 metros de caminhada até a cachoeira da Capivara. É uma cachoeira muito mais robusta e que se complementa com uma queda d'água do rio Tiririca. Do outro lado da cachoeira é possível ainda contemplar mais uma queda e um Cânion.

Depois de gastar tanta energia fomos comer no Quilombo, já havíamos reservado o almoço para as 16:00. O almoço estava servido no fogão à lenha e consistia em arroz, feijão, frango caipira, salda, galinhada, mandioca frita, abóbora e ovo frito.
Nem preciso dizer que comemos muito. De barriga cheia seguimos até Cavalcante, tentar tirar dinheiro, mas, sem sucesso. Importante lembrar que na região, só há opção de Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, este último é possível sacar dinheiro em algumas farmácias em Alto Paraiso.
Durante nosso retorno quem deu um show, foi o sol, se pondo longo da chapada.
À noite não encontrávamos nenhum lugar para comer, então, até que achamos o Restaurante Casa das Flores. O restaurante é bem bacana, todo estiloso e fica anexo a Pousada Casa das Flores, muito chique. Lá pedimos um Frango Tailandês.
Neste dia agradecimentos especiais a minha companheira de aventuras, ao Didi e ao sol, que tem nos acompanhado todos os dias. 
  • Dia 05 - Cachoeirado Segredo e Termas Morro Vermelho
Neste dia pudemos dormir um pouco mais, saímos por volta das 9:00 h da manhã por uma estrada de chão em direção a cachoeira do Segredo. Para chegar até lá seguir em direção a Colinas do Sul, depois de 12 km pegar a esquerda e seguir mais 5 km até a portaria da cachoeira. Lá é preciso pagar R$ 25,00 por pessoa para entrar. Quem preferir pode seguir 8 km a pé, a outra opção é seguir 5 km de carro (passando por dentro do rio 5 vezes) e mais 3 km de trilha. Na época de chuvas provavelmente a única opção é pegar a trilha de 8 km, se você não estiver de 4x4.
A caminhada inicia e logo é preciso atravessar o rios aproximadamente 4 vezes, até que depois de mais ou menos 1,5 km de trilha há um poço para banho. Claro que a Paty teve que entrar.
Dali são mais ou menos 40 min de trilha passando hora por locais secos e abertos e em outros momentos por lugares sobrados pela mata.
Para quem gosta de trilhas, a Chapada dos Veadeiros é uma excelente opção. Tivemos a oportunidade de caminhar quase todos os dias, o bacana das caminhadas é poder observar a paisagem e ter um sentimento de conquista ao chegar as atrações naturais, exemplo disso é quando se chega até a cachoeira do Segredo, uma queda-d'água de aproximadamente 130 m. Simplesmente magnifico, como comentou um blogueiro que lemos, a partir dessa visão, seu padrão sobe. Rsrsrs.
Não cabe nas fotos tamanha grandiosidade! Ficamos lá por mais ou menos 2,5 horas, nadando, fotografando e principalmente admirando.
O retorno também foi recheado de aventura, tanto com relação à trilha quanto em se tratando da estrada de chão e as diversas passagens pelos rios de carro.
Nossa última atração desta viagem foram as termas, mais especificamente a que se chama Morro Vermelho. Ela fica a 4 km depois da entrada para a cachoeira do Segredo (em direção à Colinas do Sul).
As termas não são tão quentes quanto outras Águas termais, entretanto, prefeitas para as temperaturas do norte do Goiás e para quem quer relaxar depois de 5 dias de muita atividade e emoção.
Depois do descanso merecido, voltamos para a pousada tomar um banho, pois, tínhamos como meta retornar à Risoteria Sabor do Cerrado, experimentar um risoto. E ele estava uma delícia.
Mais que satisfeitos, com tudo que vivemos neste dias, nosso sexto dia foi de retorno para Curitiba.
Posso resumir a Capada dos Veadeiros, como um lugar para (re)pensar nossos valores. Quais nossas prioridades? O que almejamos para as nossas vidas? Como nos relacionamos com os outros e com a natureza? E, o que precisamos para sermos felizes?

O que fazer?
Cachoeira Couros, Cachoeira Santa Bárbara, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Rapel na Cachoeira Almecenas, Cachoeira do Segredo, Termas Morro Vermelho, Vale da Lua, Cachoeira da Capivara.

Onde Comer?
Restaurante do Waldomiro,  Risoteria Sabores do Cerrado, Restaurante Buriti.

Onde Ficar?
Em São Jorge a Pousada Trilha Violeta é excelente e com preços acessíveis.

Quem empresa contratar?
Travessia Ecoturismo.

Mais Fotos em nosso Flickr, para acessar é só clicar na imagem a seguir:


04 a 10/09/2015


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