quinta-feira, 13 de novembro de 2014

PETAR - Aventura ao centro da terra

Olá galera, 
Esta viagem foi uma aventura inesquecível.
O PETAR é um dos Parques mais antigos do Estado de São Paulo, criado através do Decreto nº 32.283 de 19/05/1958. O PETAR conta com uma área de 35.712 ha, visando resguardar e proteger o rico patrimônio natural da região do Alto Ribeira, representado pela importante biodiversidade dos remanescentes de Mata Atlântica, pelos sítios paleontológicos, arqueológicos, históricos e por abrigar uma das províncias espeleológicas mais importantes do Brasil com mais de 300 cavernas cadastradas pela SBE - Sociedade Brasileira de Espeleologia.

Só para terem uma ideia do que irão ver assistam o vídeo que preparei pra vocês! Lembrando que o VÍDEO não está disponível para celular, apenas computador (deixe a visualização pequena).
Para os que gostam de boas histórias e de acompanhar a viagem aí vai nossa aventura....
Saímos de Curitiba de carro, o Ricardo, Zé, Cristiano e Rose saíram as 5:00 da tarde; eu, Paty, Ivan e Malu saímos as 8:00 da noite. Eles chegaram as 21:00 e nos a meia noite. 
Seguimos pela estrada da Ribeira, saindo por Colombo, está estrada tem muita curva (muito mesmo). Para terem uma ideia o Ivan passou mal e saliento que isso é totalmente aceitável devido ao excesso de curvas. Até Apiaí são mais ou menos 180 km, depois é preciso seguir por mais 20 km por uma estrada de chão, até chegar na Pousada Diva, na qual, ficamos hospedados.
A Pousada é bacana, pagamos 157,00 por pessoa para duas diárias em quarto para quatro pessoas. Além disso, incluía basicamente todas as refeições. A pousada é propriedade da Dona Diva, uma senhora que procura cuidar dos detalhes, especialmente da comida. Caso tenha fique hospedado lá, não perca a oportunidade de conhecê-la. Fica a dica: www.pousadadiva.com.br. 
No sábado saímos as 8:00 da manhã em direção à Caverna do Santana e ao complexo que fica ali. Para entrar neste complexo é preciso pagar R$ 9,00 por pessoa, mais R$ 6,00por carro.
O parque foi delimitado em 1958.
A primeira caverna que visitamos é a Santana ela tem 11 km. São vários salões dos quais, alguns não estão disponíveis para os turistas. Alguns me chamaram atenção, entre eles um em que Ermeto Pascoal com suas baquetas de metal quebrou algumas formações para montar notas sonoras pois o som que se tira das cortinas (ou bacons) é muito fera. Vimos ainda várias formações curiosas. 
Ficamos mais ou menos 2 horas nesta caverna, que possui muitas formações, na foto anterior destaquei as estalaguitites e uma imagem de uma pessoa. As caminhadas foram muito divertidas, eu, a Paty e o Pedro até passamos por uma fresta muito pequena, foi de mais.
Uma informação interessante é que para se formar aproximadamente 3 cm de estalactite demora aproximadamente 100 anos. 
Depois de escutar várias das histórias do Pedro (guia) e sair da caverna Santana, fizemos um lanche. O bacana é que a própria pousada entrega um kit lanche pela manhã (dois sanduíches, suco, chocolate, amendoim).
Em seguida fomos na Caverna do Couto, ela tem mais ou menos uns 300 metros e a formação rochosa é um pouco diferente, com muitas pedras, antigamente passava um rio dentro desta caverna, agora ele foi naturalmente desviado. Esta caverna é praticamente um conduto de drenagem de águas provenientes da serra da Onça Parda.
 É um conduto único de 600 metros que atravessa o morro, até sair do outro lado em outra boca. A visão da mata de dentro da caverna é algo espetacular. Tem ligação com a Caverna do Morro Preto (Travessia do Aborto - área de visitação extensiva).Nesta caverna, passamos por outra fenda, mas dessa fez de uns 10 metros. 
Depois da caverna aproveitamos o calor para entrar na cachoeira do couto. Adivinha quem entrou? Claro que eu, a Paty e o Criatiano. A água grelada e a força da queda d'água nas costas são de lavar e purificar a alma. Ficamos mais ou menos 30 min na água gelada, o suficiente para me refrescar e congelar a Paty... Rsrsrs, nem tanto pois ela ficou firme até secar. 
Adoro quando posso vivências e sentir na pele as coisas, por isso, a cachoeira foi de mais. O mais bacana é que, acredito que foi uma das coisas que ela mais gostou neste dia.
Na sequência seguimos para a caverna Morro Preto, ela está catalogada como descoberta por Ronner Krane no final do século XIX. Uma das mais impressionantes pelo porte, gigante e ao memo tempo, desenhada prela água que cai em lentas e singelas gotas.
Que fique claro que na foto não temos o descobridor, este é só o Ivan mesmo... Rsrsrs. 
Todas as cavernas da região são de rocha calcárias de mais ou menos 180 mil anos. Entretanto, elas começaram a ser formadas a 1 milhão e meio mais ou menos. Não é a toa que um algo impressionante tenha se formado.
Mas, ficamos todos abismados, a respeito de algo tão imenso a baixo da terra.
Além disso, a beleza da natureza ao redor das cavernas é uma atração a parte. Plantas, animais (em especial os beija-flor), o rio.... Tudo muito lindo.
Após os passeios seguimos em direção a pousada, pois logo a frente dela tem uma lanchonete que tinha pastel, indico o de carne seca e queijo.
A noite jantamos na pousada, a comida estava ótima, arroz, feijão, farofa, frango, carne ensopada, salada e sobremesa. 
Depois, tive um desafio mortal de Ping-Ping com a Paty, só não vou contar quem ganhou... Rsrsrs 
No segundo dia partimos para a trilha do Betari, são mais ou menos 10 km caminhando. Já no início da trilha pudemos dar algumas risadas das condições da roupa da Malu, já que imaginem a mãe dela na Itália vendo a filha no meio do mato no Brasil, toda suja. 
A trilha começa com uma caminhada inicial, mas logo é preciso pisar na água. Passar pela água, logo no início da caminhada é bom, para perceber que não tem como não se molhar. A primeira experiência para molhar as pernas é subindo o rio segurando em uma corda presa a rocha, a segunda é atravessando de um lado para o outro do rio, ação que se repete por várias vezes.
A trilha segue o rio no sentido contrário do seu fluxo, a mata estava úmida pelas chuvas e foi secando devido ao calor do dia, o que tornou necessário redobrar a atenção com possíveis aparições de cobras.
Depois de aproximadamente 30 minutos de caminhada chegamos a Caverna Água Suja, esta com certeza foi minha preferida. Já no início é preciso caminha com água até a cintura, ao chegar ao primeiro salão é possível ter noção do tamanho da caverna, para se ter uma ideia  a altura deste salão era de aproximadamente 70 metros.
Nesta caverna tive a oportunidade de fazer algumas gravações, que estão disponíveis no vídeo do início deste post.
A Caverna Água Suja tem aproximadamente 800 metros, de extensão, mas apenas é possível ir até 400 metros, onde há uma pequena queda d'água. Aproveitamos para fazer um blecaute e escutar os sons da caverna, foi ótimo, principalmente pela companhia da Paty neste momento.
Ainda na saída da Caverna paramos para fazer um lanche, pois, já era 11 horas e tínhamos uma caminhada de aproximadamente 1 hora e meia até a Cachoeira Andorinha. Que simplesmente é um sonho.
A Cachoeira Andorinha tem uma queda de 20 metros, porém em dois lances, a aproximação da queda é um tanto perigosa e deve-se tomar muito cuidado, pois como a água cai e bate na pedra, em baixo faz um redemoinho perigoso. Já o visual e a água revigoraste tornam indipensavel chegar até próximo a queda d'água, o que eu é a Paty fizemos com maior alegria.  Vale a pena o risco, que contempla o visitante com um belo banho. 


A 100 metro desta cachoeira é possível vislumbrar a Cachoeira Beija-flor, ela é linda, a queda d'água é de aproximadamente de 30 metros e a força da água é tanta que chegar fazer onda em seu poço. Novamente é preciso tomar muito cuidado, pois ficar em baixo dela pode ser muito perigoso. Ela com certeza foi um dos pontos altos do passeio, por saber que estávamos no final da trilha para nós. A trilha continua, mas voltaríamos pois havia ainda mais uma caverna para visitar.

No retorno a ultima atração era a Caverna Cafezal, ela está a aproximadamente 1200m de trilha antes de chegar ao final do retorno, tem como característica principal suas belas formações (espeleotemas), como por exemplo, as estalactites que em sua extremidade possuem forma de botão.
A trilha tem grau de dificuldade médio, que foi enfrentada com tranquilidade e bom humor pelo nosso grupo. Até porque, ela ainda nos proporcionaria belas imagens que não posso deixar de compartilhar com vocês.

Após o termino do passeio retornamos a pousada par tomar banho e seguir viagem. Resolvemos seguir por Iporanga, Eldorado e Jacupitanga até a br 116. Apesar de fazer 100 km a mais, indicamos este caminho, pois as curvas da estrada da Ribeira não acabam nunca, o que torna a viagem por lá mais perigosa e acaba demorando o mesmo tempo. Caso saiam cedo do Petar ou se preferirem pegar este caminho na ida é possível passar pela Caverna do Diabo. Nos não fizemos isso, pois em outros blogs havia a indicação que depois do Petar a caverna do Diabo se torna passeio de criança. Como diária a Malu "nós que somos experientes em cavernas" (brincadeira), resolvemos seguir para casa. 
Gostaria de agradecer imensamente a Paty, Ric, Zé, Malu, Ivan, Rose e Cristiano pela companhia e a Dona Diva pela acolhida e pelo lanche extra.
Se alguém tiver dívidas ou comentários manda ver. Este blog é nosso!!!
Abraço e até a próxima!
08 e 09/11/2014

0 comentários:

Postar um comentário